ACM - Restinga
No extremo-sul de Porto Alegre, vive a Restinga
Vivem na Restinga 80.020 pessoas, divididas em 10 vilas regulares (Beco do Bita, Nova Santa Rita, Barro Vermelho, Chácara do Banco, Flor da Restinga, Pitinga, Restinga Velha, Núcleo Esperança, Figueira e Cabriúva) e 9 irregulares (Baltimore, Castelo, Castelo II, João Antônio Silveira, João Antônio Silveira II, Parque dos Eucaliptos, Pôr-do-sol, Rocinha e Vale do Salso). Dos chefes de domicílio, 54,20% possuem renda de até 2 salários mínimos, o que significa dizer que mais da metade das famílias são pobres. A renda média é a mais baixa da cidade. Quanto à escolaridade, a Região é a quarta com mais pessoas de 10 ou mais anos analfabetas. Observa-se, ainda, o quarto maior percentual de evasão e o maior em reprovação no Ensino Fundamental de Porto Alegre.
Fonte: website https://www.acm-rs.com.br/portal2/
Módulo I
o jornal mural
Iniciar a reflexão sobre a comunicação e sobre as diversas formas de comunicar foi o tema desse primeiro módulo. Pensar a comunicação nos mais diversos suportes existentes hoje, fez com que o educador Felipe Nunes, reunisse em 3 meses de experiências, questionamentos e proposições acerca dos alunos da unidade Restinga, a serem protagonistas de histórias que ele chamou de "inquietações". A pergunta mais difícil foi feita: como se lê o jovem de hoje?
Eles tem muitas coisas em comum... a idade, a transformação do corpo, as dúvidas, alguns até a mesma escola, mas uma coisa que os tornam totalmente singulares, são sonhos, aspirações e habilidades. Com a criação dos "zines" em formato de postais, os alunos se dedicaram a tornar visívéis suas inquietações acerca da realidade em que vivem. Temas como violência, falta de oportunidades, política e até baixa autoestima, fizeram parte de criações usando como pano de fundo, a questão da religiosidade africana algo tão intrínseco em diálogos intolerantes.
Créditos pelas fotos: ECOECOA COLETIVO (Felipe Nunes)
Módulo II
o ensaio fotográfico
A câmera era apenas a porta de entrada. O enquadramento, a luz, a sombra e todo o resto, foi descoberto passo a passo pelo olhar atento de cada jovem. Um misto de curiosidade e exibição, afinal de contas, esse é o poder de uma câmera, captar o visível e invisível.
A proposta para esse segundo módulo foi apenas, deixar fluir. Sair fotografando tudo e todos. Explorar o que a fotografia pode causar em nossas mentes e trabalhar essas sensações. Também foram utilizadas técnicas de observação nesse módulo. Trabalhamos com diversas imagens e essas imagens foram temas de diálogos e de releituras.